Seus olhos falam pelos cotovelos
Desconcertam-me
Só basta um deslize
Um desencontro
E pronto
Suas bocas me engolem
J.
quinta-feira, 11 de março de 2010
O nunca mais
A fumaça quase escondia
A boca que dizia
Com seus lábios vermelhos
E o seu sinal
Elegantemente preto:
Meu nome é Nunca mais
Meu ofício?
Saudade
Minha sorte?
O desengano
Uma palavra?
Adeus
J.
A boca que dizia
Com seus lábios vermelhos
E o seu sinal
Elegantemente preto:
Meu nome é Nunca mais
Meu ofício?
Saudade
Minha sorte?
O desengano
Uma palavra?
Adeus
J.
Disse-lhe certa vez
Que as palavras que eu dizia
Eram ofensas
E que a ironia delas
Era apenas tristeza com vaidade
Disse-lhe ainda
Que do coração pulsa sangue
E que os ventrículos que nele existem
Não há espaço
Para o que neles deveria estar
Depois lhe disse que era tudo mentira
E que nunca mais confiasse em mim
J.
Que as palavras que eu dizia
Eram ofensas
E que a ironia delas
Era apenas tristeza com vaidade
Disse-lhe ainda
Que do coração pulsa sangue
E que os ventrículos que nele existem
Não há espaço
Para o que neles deveria estar
Depois lhe disse que era tudo mentira
E que nunca mais confiasse em mim
J.
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