quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Dos novos

Bom dia! (me refiro ao intervalo De 24h que compõe o dia)

Hoje é dia de samba!
Entrem na página 2 e baixem o cd de batatinha. Baiano, sambista e fantástico.

Muitóbrigaldo hilton-resta, por me apresentá-lo!

Aí segue um de meus contos mais recentes, na verdade ele nasceu de um sonho, eu sei, é difícil de acreditar (não pela qualidade).
Ps. "FUMANTES, AVANTE!"

Abraços amargos,
jeronimo!



O EXTRAVIADOR DE HORAS

Olhei meu relógio e percebi que ela não estava lá, justo a hora 6, dentre outras tantas. Alegaram trafico de alegria, mas não acredito muito, afinal, estamos em seu período de entresafra. Talvez um sorriso ou outro, mas nada que justifique um extravio.
Outro dia vi a hora 13, rindo que só vendo, mas ninguém fez nada, disseram que foi culpa do fastio.
Confesso que a hora 2 já me vendeu algumas doses de alegria, mas nada comparado à garrafa de felicidade que um amigo conseguiu no mercado negro... Confesso também já ter roubado algumas gotas de inveja.
As horas 19 e 18 também foram extraviadas semana passada, carregadas de compreensão. Acho melhor não pensar mais nisso por hoje, vou descansar. Agora só me restam 21 navios.
Acordei as 5:45, nesse caso, 15 pras 7. Não dormi muito. Fui até a cozinha tomar um pouco de desperteza. Abri o jornal e logo li,

Hora dose presa por transportar honestidade!
(A 14 cumpre suspensão por transportar cargas da amor acima do peso permitido.)

Mal humorado, fechei o jornal e fui comprar saquinhos de rancor e pó de amargura, estavam bem baratos, trouxe o troco de inverdades, estão a preço de nada, já que o mercado está aquecido. Voltei para casa mais leve, estava feliz com as aquisições feitas. Deixei a água esquentando e fui me arrumar (não tardaria até chegar a hora que está trazendo meu alívio- voltava do Japão, foi a trabalho). Bebi meu chá de amargura, admito que estava um pouco doce, e saí para buscá-la.
Estacionei meu carro (o porto estava lotado), e logo em seguida ele veio ao meu encontro, com suas malas e novidades, cheias de desaforo. Sentou ao meu lado, beijou-me nos lábios e descarregou sua ressaca. Falou-me de coisas alheias, sem sentido algum, contou-me também más novidades, inclusive uma sobre outro extravio. Depois me relatou as coisas que comprara. Falou-me também, de uns problemas incríveis que trouxera para sua sobrinha, do desconforto que trouxe para benefício próprio e das dores de cabeça que achara para sua mãe, se sobrar alguma ela me dá (pelo menos foi o que ela disse).
Ah sim! Quase me esqueci! Ao chegarmos em casa confirmamos outra hora extraviada: a 23. Vinha entupido de saudade, disseram que até nos quartos tinha dela.
Amanhã lhe falo um pouco mais das coisas de minha vida, ando meio sem tempo sabe? Ainda preciso passar novamente no porto, vou ver se encontro algum navio com sofrimento, o meu foi embora e não consigo me acostumar.
Agora vou indo.

Um abraço do seu querido amigo desprezo.

2 comentários:

  1. Jê, a linha da escrita é boa e criativa. Gostei de ler. Continue escritor. Bjs Cema.

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  2. cema!
    vc por aqui?!
    que bom que gostou!
    bjo!
    J.

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Sejam educados e compreensivos, por favor!