domingo, 25 de abril de 2010

Três andares

Três andares
Os três primeiros andares
Três janelas
As três janelas acesas

Três acordados enoitecidos
Três covardes do sono
Três covardes da vista
Ou três sonos interrompidos

Três noites mal dormidas
Três noites bem acordadas
Três mulheres descontroladas

As luzes continuam acesas até que o sol venha impor seu descontentamento. Os raios desabam por entre nuvens de uma manhã nublada, um desaforo à vaidade das mulheres que acordam.

Ainda com os cabelos despenteados, mas sem o habitual riso do canto dos lábios elas vão fazer aquilo que não precisam fazer e fogem como quem foge de uma tempestade de ressaca moral.

Os homens, agora molhados, perdem todos os seus argumentos ao perceberem que usaram as toalhas recém usadas.

J.

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