segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Diário da segunda feira

Desculpe-me Manoel, mas morre-se três vezes. Uma na carne, uma no nome e outra na segunda feira, esta vadia sanguessuga que vem após um domingo de cestas do cão*.
Do cão: expressão dúbia, na maioria das vezes, significa “do diabo”; em recife, única e exclusivamente, pode ser substituída por “caralho”.

Ontem, voltando de Setúbal, com minha prima Ana Flávia, que Deus a pague em dobro este gesto de bondade, guiando o automóvel de meu pai (que estava dormindo no banco do co-piloto), ao vermos uma placa que explicava: “Proibido virar a esquerda em dias úteis das 07:00 às 20:00” , logo ali, na avenida Agamenon, pegando a esquerda “como quem vai” (adoro essa expressão) para a praça do entroncamento, ou para uma das psicodélicas festas do clube Português, que iniciei meu conflito pessoal,
Segunda é um dia útil?
Para todo efeito, pegamos a esquerda, afinal, ontem foi domingo. Pegamos a esquerda, seguimos pela Av. Conselheiro Rosa e Silva até encontrarmos a casa de Maria da Penha, neste dia só habitava Lúcia Rosa da Silva, que combina com Rosa e silva.
Mais tarde me telefonaram e fui para no camelódromo, guiando dois italianos até o pátio de São Pedro (huauahuuhuauhuha), Confesso que estava com vontade de ir. De lá para o Hermilo, do Hermilo pra o Cais e do Cais para casa. Mas foi- não sei exatamente onde- neste trajeto que percebi que o pior da segunda não é a segunda, e sim sua expectativa, em miúdos, o domingo.


J.

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