Quando meu vizinho se mudou, foi um susto. Ninguém esperava, nem soubemos o seu destino?!
Depois de alguns anos em desuso, novas pessoas o habitam.
Vejo tudo do olho mágico
Chegam artistas, médicos, pedreiros, bicheiros, funcionários públicos... Principalmente artistas. Eles chegam a qualquer hora. Só chegam.
Não sei o que há lá dentro. Vejo tudo do olho mágico.
Chegam crianças, velhos, mulheres, mulheres velhas e artistas. Só chegam.
Vejo tudo do olho mágico.
Foi quando, para minha satisfação, colocaram uma porta de vidro que dei fim a minha curiosidade. O apartamento ao meu lado se transformara numa longa sala de espera.
Onde todos são pessoas e, por incrível (talvez inaceitável- ou brega mesmo-) que pareça, são todos iguais.
Vejo tudo do olho mágico.
Ao fundo da sala vejo um balcão, e por detrás dele uma parede amarela, onde ficam pendurados os chicotes, que o balconista faz questão de mantê-los em uso. Ao lado de cada fileira de cadeira, uma mesinha com revistas antigas e jornais do dia.
Vejo tudo do olho mágico.
Os que chegam, esperam e são chamados, entram por uma porta vermelha. Uma porta redonda e vermelha.
Quando a porta abre podemos ouvir, mesmo de longe, gargalhadas infindas. Estão todos felizes.
Ninguém volta, não sei o que há por detrás daquela porta.
Vejo tudo do olho mágico, o corredor iluminado e o apartamento. Ao meu lado.
Depois de alguns anos em desuso, novas pessoas o habitam.
Vejo tudo do olho mágico
Chegam artistas, médicos, pedreiros, bicheiros, funcionários públicos... Principalmente artistas. Eles chegam a qualquer hora. Só chegam.
Não sei o que há lá dentro. Vejo tudo do olho mágico.
Chegam crianças, velhos, mulheres, mulheres velhas e artistas. Só chegam.
Vejo tudo do olho mágico.
Foi quando, para minha satisfação, colocaram uma porta de vidro que dei fim a minha curiosidade. O apartamento ao meu lado se transformara numa longa sala de espera.
Onde todos são pessoas e, por incrível (talvez inaceitável- ou brega mesmo-) que pareça, são todos iguais.
Vejo tudo do olho mágico.
Ao fundo da sala vejo um balcão, e por detrás dele uma parede amarela, onde ficam pendurados os chicotes, que o balconista faz questão de mantê-los em uso. Ao lado de cada fileira de cadeira, uma mesinha com revistas antigas e jornais do dia.
Vejo tudo do olho mágico.
Os que chegam, esperam e são chamados, entram por uma porta vermelha. Uma porta redonda e vermelha.
Quando a porta abre podemos ouvir, mesmo de longe, gargalhadas infindas. Estão todos felizes.
Ninguém volta, não sei o que há por detrás daquela porta.
Vejo tudo do olho mágico, o corredor iluminado e o apartamento. Ao meu lado.
J.
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